terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

... renovatio ...

O capricho de um segundo
roubou-me o meu futuro
provisoriamente inteiro.
Hei-de reconstruí-lo ainda mais belo
como o imaginava desde o princípio.
Hei-de reconstruí-lo sobre esta terra firme
que se chama a minha vontade.
Hei-de elevá-lo sobre os altos pilares
que se chamam o meu ideal.
Hei-de dotá-lo de um subterrâneo secreto
que se chama a minha alma.
Dotá-lo-ei de uma alta torre
que se chama solidão.
Edith Sodergran

1 comentário:

Ana disse...

Andamos pelo mundo sempre tão cheios de ideais. Sonhos que alimentam os nossos dias, que nos dão alento e ao mesmo tempo nos desesperam o tempo todo!
Perante a imprevisibilidade dos momentos, a dúvida sobre a concretização, ou não, dos nossos caprichos, que mais nos resta a não ser reconstruir?
Reconstruir tudo, a cada dia, uma vez, duas vezes, as vezes que forem necessárias... sempre na esperança de nos tornarmos inteiros, completos, plenos.

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